Temas e questões no pensamento de Joaquim Cardozo sobre Arquitetura e Engenharia

Danilo Matoso Macedo
Fabiano Sobreira
– nov. 2010 –



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Resumo

Engenheiro, poeta, dramaturgo, desenhista, topógrafo, crítico de arte e historiador são apenas algumas das facetas conhecidas de Joaquim Cardozo, responsável pelos cálculos estruturais de parcela importante do repertório da Arquitetura Moderna Brasileira. Autor de vasta e diversificada produção literária, da qual se destaca um grupo de escritos especificamente dedicados à Arquitetura e à Engenharia, objeto da breve análise sugerida neste artigo. Nesses seus escritos sobre Arquitetura e Engenharia alguns temas e procedimentos são recorrentes, como o apreço pela arquitetura popular, pela paisagem nacional e pela história da arquitetura brasileira; a relação entre tecnologia e evolução urbana; a abordagem da construção como síntese técnica e artística, em que as disciplinas atuam de maneira dialética; a relação entre ciência, matemática e arte; sempre permeados pela pesquisa e enumeração exaustiva de objetos e referências. Neste artigo, esta produção é abordada segundo dois grupos temáticos, identificados a partir da análise de seus textos: (1) Arquitetura popular, vanguardas, história e regionalismo; (2) Teoria e filosofia da arquitetura e da engenharia. Fazem parte do primeiro grupo, segundo a abordagem analítica proposta neste artigo, os textos que são claramente influenciados por seu contato direto com a arquitetura vernácula, a paisagem natural do interior do Brasil e a vanguarda experimentada em Recife: “Aula magna : Escola de Belas Artes” (1939); “Observações em torno da história da cidade do Recife no período holandês” (1940); “Um tipo de casa rural do Distrito Federal e Estado do Rio” (1943); “Azulejos no Brasil: alguns exemplos de antigas e modernas aplicações na arquitetura” (1948); “As casas sobre palafitas do Amazonas” (1955); “Arquitetura popular no Brasil” (1956); “As cercas sertanejas” (1957); “Dois episódios da história da Arquitetura Moderna Brasileira” (1956); “Uma arquitetura para o homem” (1971); “A Diretoria de Arquitetura e Urbanismo (DAU) : olhada de um ponto de vista atual.” (1973). No que se refere à Teoria e filosofia da arquitetura e da engenharia, os valores em jogo são colocados nos dois primeiros textos de Cardozo, ambos escritos em Recife: “Aula magna : Escola de Belas Artes” (1939); “Discurso de paraninfo: Engenharia” (1939). Essa abordagem será identificada 15 anos depois em “Arquitetura no Parque Ibirapuera” (1954) e posteriormente em “Arquitetura Brasileira : características mais recentes” (1955); “Dois episódios da história da Arquitetura Moderna Brasileira” (1956); “Forma Estática, Forma Estética (1958); “Programação da atividade do engenheiro”; “Algumas idéias novas sobre Arquitetura,” (1962); “Sobre o problema do ser e do estruturalismo arquitetônico” (texto que coroa o pensamento idealista, abstrato, que Cardozo vinha desenvolvendo nos textos anteriores) e, finalmente, “O canto arquitetural de Niemeyer” (1968). Palavras-chave: Joaquim Cardozo, Engenharia Brasileira, Arquitetura Moderna.


Publicação original

Macedo, Danilo Matoso, e Fabiano J. A. Sobreira. “Temas e questões no pensamento de Joaquim Cardozo sobre Arquitetura e Engenharia”. In Arquitetura, cidade, paisagem e território: percursos e prospectivas. Rio de Janeiro, 2010.

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